Além do pâncreas, a ciência descobriu que o diabetes pode também ter relação com o intestino, rim, fígado e cérebro, determinando novos tratamentos.
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Doença causada pelo excesso de glicose no sangue, a diabetes é muito prevalente na população.
As estatísticas apontam que, no mundo, ela afeta uma em cada 11 pessoas. Em 20 anos, deverá ser uma em cada 10.
Os tipos 1 e 2 da doença são os mais conhecidos e predominantes.
Entretanto, existem outros tipos que precisam ser identificados, tais como MODY, LADA e o tipo 3, pois os tratamentos são diferenciados e existem abordagens especificas.
É importante que o diagnóstico seja preciso, já que a diabetes não tratada pode levar a uma série de prejuízos à saúde, tais como cegueira, amputações, problemas cardíacos, AVC e outros.
Antigamente, pensava-se que a causa da diabetes estava apenas relacionada à disfunções do pâncreas ou ao consumo excessivo de açúcar. A partir de 2004, no entanto, a teoria de Octeto de De Fronzo demonstrou que a doença acontece por vários motivos.
Além do pâncreas, a diabetes pode também ser causada pelo intestino, rim, fígado e cérebro. Até mesmo as células de gordura podem contribuir com o seu desenvolvimento.
Com isso, a medicina passou a contar com remédios específicos para cada tipo de diabetes.
Tipo 1
O tipo 1 da diabetes é mais comum em crianças e representa cerca de 5% dos casos. É uma doença autoimune, em que os anticorpos destroem as células beta do pâncreas - que, assim, passa a produzir apenas parte da insulina necessária e chega a parar totalmente.
Neste caso, o paciente precisa tomar insulina e monitorar a glicose com frequência.
Tipo 2
A diabetes do tipo dois afeta mais os adultos. É uma doença hereditária, na qual o pâncreas apresenta capacidade limitada de produção de insulina. Assim, o órgão pode funcionar por 30 a 40 anos e, depois disso, passar a falhar.
A pessoa cujo pai, mãe, avós e tios em primeiro grau desenvolveram a doença provavelmente também será acometida.
Cerca de 90% dos pacientes com diabetes apresentam a do tipo 2.
MODY
O termo MODY vem da sigla em inglês Diabetes Juvenil de Início Tardio.
De origem genética, o tipo MODY é semelhante ao tipo 1, mas se diferencia pela ausência de anticorpos positivos. Neste caso, a produção ou a eficiência da insulina no corpo é prejudicada em função de mutações genéticas.
O seu diagnóstico específico é importante porque o tratamento não é o mesmo do tipo 1 e, conforme o caso, a insulina pode ser dispensada.
Existem mais de 10 subtipos associados. O mais comum é o MODY 3, cujo gene envolvido é o HNF1α.
LADA
LADA é a sigla em inglês para Diabetes Autoimune Latente do Adulto.
Parecido com a diabetes do tipo 2, é uma forma que acomete adultos. A diferença é que, neste caso, está presente o anticorpo que destruiu o pâncreas.
É fundamental diagnosticar o tipo LADA, pois ele é mais grave que o tipo 2, porque os pacientes correm risco de entrarem em cetoacidose diabética, que é uma condição grave que pode resultar em coma ou até mesmo a morte.
Tipo 3
A nomenclatura da diabetes tipo 3 foi criada em 2005, com base na constatação de que muitos pacientes com Alzheimer sofrem de resistência insulínica cerebral. A partir daí, descobriu-se que a diabetes cria uma resistência insulínica no cérebro, chegando provocar perda de memória e demência.
Desta forma, alguns remédios utilizados para diabetes passaram a ser estudados para serem administrados também para perda de memória e demência. Constatou-se que, se houver diminuição de resistência insulínica, o grau de demência da pessoa pode ser reduzido também.
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Mitos e Verdades
1. Quem tem diabetes pode não ter sintomas
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Verdade – Diabetes é uma doença silenciosa e crônica. Vai evoluindo aos poucos. No começo da descompensação da glicemia, a pessoa não sente nada. Por isso, é muito importante fazer o teste de glicose. Quando se descobre o diabetes no começo, as complicações futuras podem ser evitadas, como amputação de membros inferiores, cegueira e uso de insulina.
2. Pré-diabetes significa que a pessoa já é diabética
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Verdade – Engana-se quem fala que a pré-diabetes não pode virar diabetes. Quando se faz um diagnóstico de pré-diabetes, mais de 52% das células beta pancreáticas, que produzem insulina, já foram lesadas. Se a pessoa continuar lesando e não prestar atenção na doença, certamente terá que usar insulina no futuro. Tal como a diabetes, a pré-diabetes não pode ser revertida. Mas a sua evolução pode ser estagnada, caso o paciente tome as atitudes necessárias com relação à alimentação e exercícios físicos.
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