Estudos publicados desde 2011 relatam ocorrências de obesidade, infertilidade e outras doenças metabólicas.
![Mãe segura a mamadeira enquanto o bebê a apoia com as mãos e toma o leite. O rosto do bebê aparece por inteiro, enquanto o da mãe surge parcialmente, transmitindo uma expressão tranquila e carinhosa](https://static.wixstatic.com/media/7c0755_64d7ba8e33be4637a277a07fcfaa9e5b~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_759,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/7c0755_64d7ba8e33be4637a277a07fcfaa9e5b~mv2.jpg)
O bisfenol A (BPA) é um composto químico amplamente empregado desde a década de 1950 na fabricação de plásticos, principalmente em embalagens alimentícias e no revestimento interno de latas. Sua principal função é oferecer durabilidade e resistência aos materiais, mas seu uso tem gerado crescentes preocupações devido aos riscos à saúde relacionados à exposição prolongada.
A inquietação começou na década de 1990, quando surgiram as primeiras evidências de que o bisfenol pode desencadear doenças metabólicas, especialmente em fetos e crianças, cujos sistemas em desenvolvimento são mais vulneráveis. Em resposta, nos últimos 15 anos, Estados Unidos, Canadá e países da União Europeia implementaram restrições ao uso da substância em produtos destinados ao público infantil e em outros contextos de exposição elevada.
No Brasil, a substância foi banida de mamadeiras e produtos similares desde 2011, atendendo às recomendações de saúde pública. Paralelamente, as autoridades brasileiras têm acompanhado as discussões internacionais sobre a presença do composto em outros tipos de embalagens, como as de alimentos e bebidas, avaliando possíveis medidas regulatórias adicionais.
Evidências científicas sobre os impactos do bisfenol
As preocupações em torno do bisfenol têm sido crescentes, especialmente após 2011, quando um estudo no Journal of Endocrinology and Metabolism revelou que exposições prolongadas ao composto químico podem causar desequilíbrios hormonais, aumentando os riscos de obesidade, infertilidade e outros distúrbios metabólicos.
O estudo, que acompanhou indivíduos com níveis elevados de bisfenol no organismo, identificou alterações significativas nos níveis de estrógeno e testosterona, indicando uma possível perturbação no sistema endócrino.
No mesmo ano de 2011, uma pesquisa conduzida pela Universidade de Harvard produziu impacto semelhante na comunidade científica. O levantamento revelou que indivíduos que consomem alimentos armazenados em plásticos contendo bisfenol apresentam concentrações significativamente maiores da substância na urina, associadas a alterações nos padrões de glicose e insulina.
De lá para cá, outros estudos científicos foram realizados e muitos sugerem que a exposição ao bisfenol, mesmo em quantidades baixas, pode prejudicar a saúde humana. Com isso, entre os especialistas, existe a perspectiva de que a legislação deverá seguir restringindo o uso da substância nos próximos anos em vários países, incluindo o Brasil.
Guia básico sobre bisfenol
![Mãos de uma mulher armazenam alimentos cozidos em embalagens plásticas sobre uma mesa](https://static.wixstatic.com/media/7c0755_a51f091f615446169320653206c652a2~mv2.jpg/v1/fill/w_680,h_1020,al_c,q_85,enc_auto/7c0755_a51f091f615446169320653206c652a2~mv2.jpg)
A polêmica em torno dos riscos que o bisfenol oferece à saúde acontece em meio a um crescente aumento das dúvidas da população a respeito desse composto químico, tornando necessário um guia básico:
O que é o bisfenol?
O bisfenol A (BPA) é um composto químico usado principalmente na produção de plásticos e resinas. Ele confere durabilidade e transparência a produtos plásticos, como garrafas reutilizáveis e recipientes de alimentos.
Para que serve o bisfenol?
Ele é utilizado pela indústria em função de sua capacidade de tornar os plásticos mais leves, duráveis e resistentes a impactos, além de proteger alimentos e bebidas do contato direto com o metal em latas.
Onde o bisfenol é encontrado?
Ele está presente em garrafas plásticas, recipientes para micro-ondas, mamadeiras, embalagens de alimentos, latas de conserva, recibos térmicos e até em equipamentos médicos.
Qual plástico tem bisfenol?
É frequentemente encontrado em plásticos de policarbonato, identificados pelo código de reciclagem número "7". Nem todos os plásticos com esse código contém o elemento, mas é uma indicação a ser observada.
Quais os riscos do bisfenol?
Os principais riscos incluem desequilíbrios hormonais, aumento do risco de cânceres hormonais, infertilidade, diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e dificuldades no desenvolvimento infantil.
Principais dúvidas do público
![Desenho com vários rostos masculinos e femininos de várias raças, credos e idades](https://static.wixstatic.com/media/7c0755_f72a2bdc56ef488c978c6b01e7dda015~mv2.jpg/v1/fill/w_680,h_626,al_c,q_85,enc_auto/7c0755_f72a2bdc56ef488c978c6b01e7dda015~mv2.jpg)
Qual temperatura libera o bisfenol?
Temperaturas altas, como as alcançadas em micro-ondas e lava-louças, aumentam a sua liberação de plásticos para alimentos e bebidas.
Como encontrar mamadeiras sem bisfenol?
Busque produtos rotulados como "BPA-free" ou fabricados em vidro ou silicone.
Que tipo de câncer pode causar o bisfenol?
Estudos sugerem associações com cânceres hormonais, como mama, próstata, testículo e tireoide .
Bisfenol pode ser liberado no micro-ondas?
Sim, o aquecimento de plásticos pode liberar a substância para os alimentos ou bebidas.
O que pode fazer o bisfenol na gravidez?
Durante a gravidez, ele pode interferir no desenvolvimento fetal, causando alterações hormonais e metabólicas prejudiciais ao bebê.
Tem bisfenol no tupperware?
A empresa Tupperware anunciou que seus produtos de armazenamento de alimentos estão livres da substância desde 2010. Contudo, outros potes plásticos similares aos da fabricante podem conter a substância, especialmente os feitos de policarbonato (identificados pelo código de reciclagem 7).
Como evitar os riscos do bisfenol?
Priorize utensílios de cozinha, garrafas e recipientes de plástico identificados como "BPA-free".
Sempre que possível, utilize recipientes de vidro, aço inoxidável ou cerâmica para armazenar alimentos e bebidas.
Não esquente alimentos ou bebidas em recipientes de plástico.
Não reutilize garrafas de água e embalagens descartáveis que não sejam projetadas para uso contínuo.
Reduza o consumo de alimentos enlatados.
Evite colocar plásticos no lava-louças, pois a alta temperatura e os detergentes podem danificar os materiais, aumentando a liberação de bisfenol.
Consuma alimentos ricos em antioxidantes para ajudar o corpo a combater os efeitos de substâncias químicas tóxicas.
Opte por mamadeiras e utensílios infantis certificados como livres de BPA
Prefiro discar:
Whatsapp Dra. Maithê: (11) 94542-8600