Obesidade, medicamentos, anticoncepcionais e determinados alimentos estão entre as causas.
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A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado, afeta 68% da população e é tida como silenciosa porque, no início, não apresenta qualquer sintoma.
Muitos fatores contribuem para o seu advento: consumo excessivo de álcool, uso de anticoncepcionais e outros medicamentos, além de obesidade, diabetes, hipotireoidismo, hepatites, colesterol alto e outros.
Em seu início, a esteatose hepática é considerada como sendo de grau 1, quando se observa uma faixa de gordura na superfície do órgão. Cerca de 30% desses pacientes evoluem para o grau 2, quando a gordura se infiltra nas células do fígado, produzindo um quadro de esteato- hepatite.
A partir do grau 2, os sintomas já começam a ser visíveis e vão se intensificando na medida em que a doença evolui: tremor, frio, fadiga, olho amarelo (icterícia), náuseas, refluxo, barriga estufada, fezes esbranquiçadas e urina mais escura. Nos casos mais graves, a pessoa pode ter até confusão mental, gordura grave de abdômen, inchaço nas pernas e dor na parte superior do abdômen direito.
Entre os pacientes de grau 2, 20% evoluem para o grau 3, quando acabam contraindo cirrose hepática. A progressão da doença pode ainda chegar ao câncer de fígado, que acomete 5% dos que atingem o grau 3.
Práticas para reverter os graus 1 e 2
É muito importante detectar a esteatose nas fases 1 e 2, pois muitas medidas podem ser adotadas para evitar que a doença progrida para as etapas mais graves. O diagnóstico da doença, em geral, é feito por exame de sangue ,ultrassom, tomografia , ressonância , elastografia e biópsia.
A reversão da esteatose nos graus 1 e 2 pode ser feita com base em práticas como redução do consumo de gorduras e algumas frutas, além de atividade física - principalmente exercícios aeróbicos-, e a suspensão de bebidas alcóolicas.
Muitos remédios podem influenciar o aparecimento da esteatose e, por isso, precisam ser substituídos: Entre eles se encontram alguns anticoncepcionais, antirretrovirais, corticoides e outros.
Soluções para o grau 3
Para a esteatose de grau 3 nem sempre existe tratamento. Entre os estudos que estão sendo feitos nesse sentido, alguns apontam para o uso de remédios antidiabéticos para remover a gordura do fígado, como também determinados antioxidantes e modernos imunomoduladores. Mas se o órgão já estiver comprometido pela cirrose ou afetado pelo câncer, a única solução é o transplante.
Alimentos amigos do fígado
O fígado é um órgão que tem mais de 500 funções no organismo. Ele regulariza hormônios, produz colesterol e ácidos graxos, além de metabolizar toda a sujeira do organismo, funcionando como um grande filtro.
Alguns alimentos antioxidantes podem proteger a saúde do órgão. Entre eles, destaca-se a casca da uva escura, que ajuda a combater a gordura que fica grudada na membrana do fígado.
A maçã e a pera também são indicadas, por terem flavonoides, cálcio e fibras que ajudam a retirar a gordura pelo intestino.
O alho também é recomendado por ser rico em antioxidantes. O café é igualmente benéfico, mas deve ser limitado a 6 xicrinhas por dia.
Outro alimento que ajuda o fígado é o abacate, em função da grande concentração de HDL, o colesterol bom. A mistura de berinjela e limão também ajuda a liberar a bile para o intestino, melhorando digestão.
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Perguntas do público
1-Tenho esteatose hepática e o médico solicitou a biópsia. Como é feito este procedimento?
A biópsia tradicional de fígado exige internação hospitalar e anestesia. Durante o procedimento, o médico utiliza uma agulha fina para retirar vários pedacinhos do órgão e pode ocorrer sangramento. Uma alternativa seria a laparoscopia, por meio de uma pequena incisão e com o auxílio de microcâmeras. Existem casos em que a biópsia é feita quando o paciente é submetido a outra cirurgia.
Tendo em vista de que se trata de um procedimento complexo, convém verificar com o médico se o exame pode ser feito por elastografia hepática, que não é invasivo. Trata-se de um ultrassom diferenciado que chega a ter níveis maiores de precisão em relação à biópsia tradicional.
2 – Anticoncepcional pode fazer mal para o fígado? Existiria outro tratamento para a síndrome do ovário policístico?
Sim, o estrógeno pode aumentar a esteatose hepática e, por isso, a pílula deve ser evitada. Assim, convém que você verifique com seu médico uma alternativa para a síndrome do ovário policístico. Uma das soluções pode ser o tratamento com metformina, que ajuda a reverter a gordura no fígado.
3 – É possível ter gordura no fígado e taxas normais de colesterol?
Sim, pois a principal causa da esteatose hepática não é exatamente o colesterol alto e sim a obesidade, que é responsável por 80% dos casos.
É necessário combater a obesidade para evitar que a doença não avance para graus mais graves. Outros fatores que podem contribuir para a piora da gordura no fígado são alguns medicamentos, quantidade de frutas consumidas, quantidade de gordura na dieta e até mesmo hipotireoidismo.
4 - Tenho diabetes há 5 anos e minha esteatose hepática passou para grau 2. O que faço para reverter?
O diabetes descontrolado piora da esteatose. A boa notícia é que existem remédios para diabetes que contribuem para reverter a gordura no fígado, além de ajudar a perder peso e a reduzir as taxas de colesterol e triglicérides. Entre eles estão os análogos de GLP1 e os inibidores de GLP2, que representam grandes descobertas cientificas, mas cuja eficácia está ainda sendo confirmada.
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