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A doença celíaca e a intolerância ao glúten são duas enfermidades diferentes, embora igualmente causadas pelo consumo de glúten, que é uma proteína presente no trigo, centeio, cevada, malte e aveia.
Por isso, é muito importante diferenciá-las com o diagnóstico correto, pois só assim é possível garantir a eficácia do tratamento.
Doença celíaca
A doença celíaca é genética e autoimune. Quando ocorre, as células de autoimunidade começam a atacar o corpo assim que o glúten entra em contato com o intestino delgado – que inflama e perde as vilosidades, comprometendo a absorção de nutrientes.
As dificuldades de digestão nesse local do organismo podem privar o corpo de vitaminas e minerais, ocasionando anemia, osteoporose, queda de cabelo, erupções na pele, acnes e outras consequências.
Por ativar constantemente o sistema imunológico, a doença celíaca pode ainda levar ao aparecimento de outros quadros de reação autoimune tais como tireoidite de Hashimoto e artrite reumatoide.
Intolerância ao glúten
A intolerância ao glúten, por sua vez, pode ser definida como sensibilidade ao glúten. É quando a pessoa tem dificuldade de digerir a proteína.
Nesse tipo de quadro, o intestino delgado é o órgão mais afetado e apresenta inflamação crônica, facilitando o aumento das bactérias nocivas. Os sintomas são diarreia, dor e distensão abdominal, além de dificuldade de absorver nutrientes.
Na intolerância, o sistema autoimune não é ativado e, por isso, os sintomas são mais brandos. Por essa razão, muitas vezes as pessoas levam anos para descobrir que têm essa sensibilidade.
Tratamento
A doença celíaca, por ter repercussão sistêmica, é tratada de modo diferente, mas ambas requerem a exclusão do glúten da dieta.
A melhora dos sintomas da pessoa afetada é apresentada em poucos dias ou em poucas semanas. Entretanto, no caso dos celíacos, a recuperação da microbiota intestinal pode levar de seis meses a dois anos em grande parte dos casos.
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Mitos e verdades
1. A intolerância ao glúten pode surgir em qualquer idade.
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Verdade – Nos casos de intolerância ao glúten, o contato com a proteína vai inflamando o intestino com o tempo. Quanto mais contato, mais inflamação. Quando o local estiver bem inflamado, as bactérias do mal são ativadas (disbiose intestinal) tornando os sintomas mais aparentes.
2. O consumo excessivo de alimentos com glúten pode provocar doença celíaca.
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Mito – Alimento não pode provocar doença genética.
3. Celíacos são predispostos a desenvolver doenças autoimunes da tireoide.
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Verdade – A doença celíaca produz anticorpos para atacar o invasor. Isso pode ativar outras doenças autoimunes, tais como tireoidite de Hashimoto e diabetes tipo 1. Aliás, 8% dos diabéticos do tipo 1 são celíacos. Entretanto, quando reduzimos a presença do agressor, o corpo se reequilibra e a imunidade volta ao normal.
4. Doença celíaca é mais prevalente em pessoas com síndrome de Down.
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Verdade – É mais prevalente em pessoas as síndromes de Down, Turner e Williams.
5. Celíacos também precisam restringir o glúten de produtos não alimentícios.
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Verdade – Como o glúten dá elasticidade, ele também é usado em maquiagens, shampoos, hidratantes e outros produtos. Se o portador da doença celíaca usar uma base no rosto, isso não deverá ativar os anticorpos. Mas se usar um batom, possivelmente ativará, tendo em vista que o glúten poderá entrar em contato com o trato gastrointestinal.
6. Intolerantes e celíacos em tratamento podem ingerir pequenas quantidades de glúten por dia.
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Mito – Ambos não podem entrar em contato com o glúten. É possível que um paciente com doença celíaca decida continuar consumindo glúten porque os sintomas estão brandos. Nesse caso, a doença poderá assumir uma forma mais agressiva no futuro, pois cada contato com a proteína aumenta a presença de anticorpos no intestino.
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