A tireoidite de Hashimoto é a causa mais frequente do hipotireoidismo em mulheres jovens.
A tireoidite de Hashimoto afeta 5% da população entre os 30 e 50 anos e é a causa mais frequente do hipotireoidismo em mulheres jovens.
Sintomas como cansaço, ganho de peso, falta de iniciativa, descontroles emocionais, queda de cabelo, pele seca e fria, diminuição do apetite e sonolência são típicos da doença.
A tireoidite de Hashimoto, juntamente com hipotireoidismo, pode também enfraquecer a memória do paciente, que passa a ganhar peso de forma constante. Nos casos mais graves, chega a gerar parada cardíaca.
Contudo, apesar severa, a doença pode ser tratada com facilidade. Por isso, o seu diagnóstico é muito importante e requer apenas exames de sangue para dosagem dos hormônios T3, T4L e TSH, além da presença de anticorpos antitireoide: ac anti TPO e ac anti tg.
Normalmente, o tratamento é realizado com Levotiroxina. O acompanhamento do paciente, em geral, recomenda novos exames de sangue a cada 6 meses. A dosagem só pode ser alterada por médicos após avaliação de exame laboratorial e nunca em função dos sintomas.
O que é
A tireoidite de Hashimoto acontece a partir de um erro do sistema imunológico, que passa a fabricar anticorpos contra as células da tireoide.
Esse ataque provoca a destruição da glândula ou a diminuição de sua função, causando o hipotireoidismo.
Em geral, os sintomas aparecem quando o hipotireoidismo já está estabelecido.
Entretanto, entre as pessoas diagnosticadas com a doença, apenas 5% terão a tireoide destruída.
Quais as causas
Uma das causas é a genética, mas a doença também pode ser deflagrada por fatores ambientais como má alimentação, falta de exercícios, estresse excessivo e noites mal dormidas.
Outra causa é composta pelos disruptores endocrinológicos:
- São substâncias químicas que parecem estrogênio, mas são tóxicas, pois prejudicam a função dos hormônios naturais e a forma como eles se comunicam com as células.
- São encontrados em pesticidas, inseticidas, conservantes (de plásticos e madeiras) e até mesmo em alimentos industrializados, além de produtos de higiene e cosméticos.
Mitos e verdades
Quem tem tireoidite de Hashimoto precisa retirar a tireoide.
Mito – Só 5% das pessoas com a doença vão sofrer um ataque completo da tireoide e não existe indicação de retirada da tireoide e sim reposição hormonal.
Quem tem a doença sempre apresenta sintomas
Mito – Muitas pessoas nem sabem que têm a tireoidite de Hashimoto. Elas vivem cansadas, fatigadas, têm perda de memória, queda de cabelo, engordam com facilidade... mas vão levando a vida,
O estresse pode ocasionar a tireoidite de Hashimoto
Verdade – O estresse pode despertar os anticorpos. Mas não qualquer estresse, como uma briga de trânsito, e sim quadros mais graves como separação ou uma morte na família. Além disso, o distúrbio pode também ser ocasionado por uma cirurgia mais complexa, além de medicamentos que provocam queda da imunidade.
Perguntas do público
1 – Nos meus exames, os hormônios T4, T3 e TSH sempre estão abaixo do normal. Isso seria predisposição ao Hashimoto ou algum tipo de hipotireoidismo?
Na Tireoidite de Hashimoto, o T3 e T4 são baixos e o TSH é alto. Se os 3 indicadores estão baixos, é possível que exista um problema central na hipófise ou no hipotálamo, que é um caso mais raro.
2 – Quem tem tireoidite de Hashimoto pode ter mais dificuldade de engravidar?
Sim. Todas as doenças autoimunes podem desencadear outras doenças autoimunes. Existe uma que se chama ooferite autoimune, que ataca o ovário e é uma das causas da mulher não conseguir engravidar . E o próprio Hashimoto pode estar envolvido na infertilidade .
3 – Ouvi dizer que é preciso consumir alimentos ricos em iodo para melhorar o Hashimoto. É verdade?
O iodo é um dos metabólicos para produção do T3 e T4, que são os hormônios da tireoide. Porém, tanto a falta como o excesso de iodo fazem mal para tireoide. Por isso, é preciso tomar cuidado com o seu consumo.
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