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Aprenda a lidar com as gorduras.

Foto do escritor: Dra. MaithêDra. Maithê

Atualizado: 16 de set. de 2024

É mais fácil controlar o colesterol ruim do que aumentar o bom.


Ainda que faça bem, os alimentos que trazem a gordura boa devem ser consumidos em porções moderadas

Gordura não é sempre ruim, pois, no organismo, representa uma excelente fonte de energia e participa de diversos processos considerados fundamentais, inclusive no cérebro.


No inverno, a gordura é ainda mais importante, já que, nesse período, necessitamos de mais 15% de energia para manter o corpo na temperatura correta.


Contudo, existe a gordura boa e a ruim e, por isso, precisamos saber discernir qual é qual nos alimentos frescos e industrializados.


A gordura ruim pode ser saturada ou trans.


A saturada está presente nos alimentos de origem animal tais como carnes vermelhas e brancas, além de leite e derivados. Essa mesma gordura também se encontra em vegetais como coco, cacau e azeite de dendê.


Já a versão trans é derivada de um processo químico que transforma óleo vegetal em gordura sólida. Está presente principalmente em alimentos industrializados tais como margarinas, biscoitos, sorvetes, salgadinhos, batatas fritas, empanados tipo nuggets e outros.


Tanto a gordura saturada como a trans são consideradas ruins porque aumentam no organismo a presença do mau colesterol, também conhecido pela sigla LDL - abreviatura em inglês de Lipoproteína de Baixa Densidade. O LDL é perigoso porque, entre outras consequências, pode se depositar nas paredes das artérias, elevando o risco de enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.


Entre essas duas gorduras ruins, a trans é a que mais gera prejuízos ao organismo. Por essa razão, a Anvisa recomenda que esse tipo de gordura não chegue a 1% da alimentação, considerando uma dieta de 2 mil calorias - o que, em geral, corresponde a não mais do que 3 biscoitinhos de polvilho. Já a gordura saturada não deve exceder o limite de 10% da alimentação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.


A gordura boa, por outro lado, é conhecida como insaturada e está presente no abacate, castanhas, nozes, oleaginosas (com exceção do amendoim), salmão, sardinha, bacalhau, atum, alimentos integrais, azeite de oliva, óleo de girassol e outros. Ainda que façam bem, esses alimentos devem ser consumidos diariamente em porções moderadas tais como, por exemplo, 30 g de castanhas (uma pequena mão), meio abacate, uma colher de sopa de azeite ou 200 g de peixe – o que corresponde a um filé e meio.


A principal característica da gordura insaturada é a capacidade de aumentar no organismo a presença do bom colesterol, também conhecido pela sigla HDL - abreviatura em inglês de Lipoproteína de Baixa Densidade. Produzido pelo fígado, o HDL ajuda em processos como estruturação da membrana das células, digestão, produção de hormônios e fabricação da bile.


Conclusão


Em razão desses diferentes tipos de gorduras, devemos prestar ampla atenção ao consumir alimentos frescos ou industrializados. Com relação a esses últimos, é sempre importante observar nas embalagens as quantidades de gordura saturada, trans e totais, tal como exige a Anvisa. As totais, em particular, representam a soma das 3 versões de gordura, ou seja, também incluem a insaturada.


A atenção com relação às gorduras é necessária em função dos perigos do mau colesterol - pois, quando o LDL adere nas paredes das artérias, nunca sai. Nesse caso, os medicamentos apenas ajudam a impedir que o acúmulo siga crescendo. Uma obstrução arterial de 70%, por exemplo, já é considerada de alto risco de enfarte e AVC.


Ao mesmo tempo, devemos também cuidar para manter no organismo um nível satisfatório do colesterol bom, ou seja, do HDL. As gorduras insaturadas, tal como já foi dito, contribuem nesse sentido, mas de forma modesta, até o limite de 10% da presença necessária do HDL no organismo. Na verdade, a solução que fornece os resultados mais expressivos nessa direção é a prática de exercícios físicos diários.


Por tudo isso, podemos concluir, de forma simples, que para cuidar da saúde do sistema cardiovascular, é mais fácil evitar o colesterol ruim do que aumentar o bom, ainda que ambos os esforços sejam importantes.


Dúvidas


1 – Gordura trans e gordura hidrogenada são a mesma coisa?


Sim.


2 – Qual a relação da gordura com o desejo sexual?


A formação dos hormônios sexuais, considerando tanto a testosterona quanto o estrogênio, utiliza o colesterol. Mas isso não tem relação com desejo sexual e, por essa razão, o remédio que combate o colesterol não diminui a libido.


Por outro lado, podemos afirmar que os homens com LDL alto tem o dobro do risco de impotência sexual. Isso porque o corpo cavernoso do pênis pode sofrer com o entupimento das artérias e veias, prejudicando a ereção.


3 – Quem teve enfarte agudo do miocárdio não pode mais comer carnes e produtos industrializados?


A pessoa que sofreu enfarte possui placas de ateroma nas paredes das artérias e, por isso, apresenta um risco de 50% a 70% de sofrer novo enfarte em 5 anos, se não se cuidar.


Assim, esse paciente precisa eliminar o tabagismo, fazer exercícios físicos e administrar com rigor a ingestão de gorduras, principalmente a trans – que deve ser evitada ao máximo.


Ao mesmo tempo, deve preferir legumes, verduras, peixes e frutos do mar a fim de chegar ao final da vida sem mais um evento cardíaco.


4 – O que é melhor consumir: manteiga ou margarina?


Em geral, ambas são gorduras: a manteiga é saturada e a margarina é trans. O ideal é evitar tanto uma como outra.






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